“Num conceito amplo, saneamento básico é o conjunto de medidas visando a melhorar ou preservar o ambiente, com o objetivo permanente de prevenir doenças e promover a saúde humana. ...
Considerado um direito humano fundamental e fator essencial para o desenvolvimento, o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário representa um dos mais sérios desafios aos governos de todo o mundo, especialmente nos grandes centros urbanos de países pobres ou em desenvolvimento. De acordo com o relatório Desenvolvimento Humano 2006, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mais de 1,1 bilhão de pessoas vivem sem abastecimento de água potável, enquanto o número dos que não têm acesso aos serviços de esgoto chega a 2,6 bilhões. E a existência ou não de saneamento básico é capaz, segundo o relatório, de promover ou impedir o desenvolvimento de um país ou região. No Brasil, embora o atendimento com água potável já alcance 94% da população urbana do país, o índice de coleta de esgotos é de 49%.
As implicações sociais são graves. No conjunto dos países em desenvolvimento, quase metade da população sofre de pelo menos uma das principais doenças associadas ao fornecimento inadequado de água e serviços de esgoto. No Brasil, 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento.
Para modificar o quadro atual e garantir a universalização do saneamento básico, é preciso, segundo o relatório Desenvolvimento Humano, colocar a questão no centro da agenda dos governos nacionais.
Na ótica do Pnud, as dificuldades para o progresso não estão nos obstáculos financeiros, tecnológicos e institucionais e sim na falta de vontade política e no déficit de lideranças.
Segundo o relatório, o saneamento básico deveria receber dos governos nacionais a mesma atenção que é dispensada à política econômica, ao comércio internacional e à educação. Para especialistas e dirigentes de órgãos ligados ao saneamento, falta também uma cobrança mais firme por parte da população, que se preocupa em receber água limpa em casa, mas não dá muita importância para o destino do esgoto que sai do domicílio. Pesquisas mostram que, no Brasil, as pessoas imaginam que os índices de tratamento de esgoto são muito maiores do que são de fato.” (Instituto AMANHÃ)
Desde 2007, o Brasil e o Estado do Ceará, através de sua Companhia de Água e Esgoto, vem fazendo um grande esforço para mudar esta realidade. A cultura - e consequentemente o comportamento - de alguns atores importantes no processo, como dos organismos de financiamento por exemplo, tem que se adaptar rapidamente. Um maior ritmo de obras requer muito mais que apenas maior agilidade de análises; requer predisposição para que as coisas aconteçam e dêem certo. Até o momento não foi o que se viu.
Sou, no entanto, otimista por natureza, e espero vivenciar esta nova realidade, beneficiando milhões de cearenses com serviços de esgotamento sanitário, permitindo que estas pessoas tenham condições mínimas para ter saúde e qualidade de vida. Esta é a nossa batalha (ainda muito difícil) diária.
Considerado um direito humano fundamental e fator essencial para o desenvolvimento, o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário representa um dos mais sérios desafios aos governos de todo o mundo, especialmente nos grandes centros urbanos de países pobres ou em desenvolvimento. De acordo com o relatório Desenvolvimento Humano 2006, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mais de 1,1 bilhão de pessoas vivem sem abastecimento de água potável, enquanto o número dos que não têm acesso aos serviços de esgoto chega a 2,6 bilhões. E a existência ou não de saneamento básico é capaz, segundo o relatório, de promover ou impedir o desenvolvimento de um país ou região. No Brasil, embora o atendimento com água potável já alcance 94% da população urbana do país, o índice de coleta de esgotos é de 49%.
As implicações sociais são graves. No conjunto dos países em desenvolvimento, quase metade da população sofre de pelo menos uma das principais doenças associadas ao fornecimento inadequado de água e serviços de esgoto. No Brasil, 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento.
Para modificar o quadro atual e garantir a universalização do saneamento básico, é preciso, segundo o relatório Desenvolvimento Humano, colocar a questão no centro da agenda dos governos nacionais.
Na ótica do Pnud, as dificuldades para o progresso não estão nos obstáculos financeiros, tecnológicos e institucionais e sim na falta de vontade política e no déficit de lideranças.
Segundo o relatório, o saneamento básico deveria receber dos governos nacionais a mesma atenção que é dispensada à política econômica, ao comércio internacional e à educação. Para especialistas e dirigentes de órgãos ligados ao saneamento, falta também uma cobrança mais firme por parte da população, que se preocupa em receber água limpa em casa, mas não dá muita importância para o destino do esgoto que sai do domicílio. Pesquisas mostram que, no Brasil, as pessoas imaginam que os índices de tratamento de esgoto são muito maiores do que são de fato.” (Instituto AMANHÃ)
Desde 2007, o Brasil e o Estado do Ceará, através de sua Companhia de Água e Esgoto, vem fazendo um grande esforço para mudar esta realidade. A cultura - e consequentemente o comportamento - de alguns atores importantes no processo, como dos organismos de financiamento por exemplo, tem que se adaptar rapidamente. Um maior ritmo de obras requer muito mais que apenas maior agilidade de análises; requer predisposição para que as coisas aconteçam e dêem certo. Até o momento não foi o que se viu.
Sou, no entanto, otimista por natureza, e espero vivenciar esta nova realidade, beneficiando milhões de cearenses com serviços de esgotamento sanitário, permitindo que estas pessoas tenham condições mínimas para ter saúde e qualidade de vida. Esta é a nossa batalha (ainda muito difícil) diária.
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